A diferença é...
Sabem uma coisa? Eu dantes era aquele tipo de pessoa que se apegava demasiado às coisas. Apegava-me demasiado às memórias, aos objetos, às pessoas e nunca, nunca fui bem capaz de largar, mesmo sabendo que não me sabia bem. Mesmo sabendo que as coisas não estavam certas e que eu estava iludido e a viver no meu mundo à parte. E porquê? Bem, a resposta é simples: medo!
Sempre pensei que o medo e que a dor valia imenso a pena. Costumava pensar que ao deixar as coisas partir, que eu estava a perder parte de mim também. Que ao fazer isso, iria estar a transformar-me muito lentamente numa pessoa completamente diferente. O meu coração deixava de querer entender.
No entanto, certo dia aconteceu algo. Algo que nem eu estava à espera.
Larguei aquilo que até então era o que me prendia. O meu coração bateu melhor. A minha alma parecia mais leve e o meu sorriso, a única coisa que realmente era motivo do meu orgulho, voltou a aparecer.
Ensinei o meu coração a ter esperança. Ensinei o meu coração a voltar a amar.
A serenidade daquilo que nos rodeia acaba por incutir em nós um medo que achamos que vai tomar conta da nossa vida, mas isso é de longe verdade. Nunca foi nem nunca será. Entende que há coisas que valem a pena por que lutar e outras que não. Mas faz dessas pequenas lutas, pequenas vitórias. E dessas pequenas vitórias, motivos de enormes celebrações. Não tens que te agarrar àqueles que não te fazem rir. Não tens que sentir pena por ti mesmo. Aprende que nem tudo é um caso perdido, e aquilo que foi, era para ser…
A diferença aqui, é que tu é que acabas por escolher aceitar ou não…